O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, foram condenados, nesta sexta-feira (21), por fazerem propaganda eleitoral antecipada durante ato realizado no Dia do Trabalhador (1º de maio).
A decisão é do juiz eleitoral Paulo Sorci, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, que atendeu a pedidos feitos pelo Partido Novo.
O magistrado determinou que Lula pague R$ 20 mil de multa. Já Boulos terá que desembolsar R$ 15 mil. Os dois ainda podem recorrer da decisão.
O caso se refere à participação de Lula em ato organizado por centrais sindicais no estacionamento da Arena Corinthians, em São Paulo. Em discurso, que foi transmitido pelas redes sociais, o mandatário pediu explicitamente voto para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à capital paulista − o que configura campanha antecipada nos critérios da Lei das Eleições.
Na ocasião, Lula disse que Boulos estava disputando “uma verdadeira guerra” na capital mais populosa do país, por enfrentar três de seus adversários políticos − referência feita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Nunes, que não foram citados nominalmente. E pediu apoio à candidatura do parlamentar.