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Ministra defende em órgão da ONU que fertilizantes sejam colocados de fora das sanções econômicas

Ministra Tereza Cristina

A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, defendeu em uma reunião com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura que os fertilizantes não sejam afetados pelas sanções econômicas internacionais aplicadas contra a Rússia. O Brasil está sendo duramente afetado pelo bloqueios a esses insumos. O receio de escassez dos produtos utilizados por agricultores para elevar a produtividade do solo é motivado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que restringiu o fluxo comercial. Os russos são responsáveis pelo fornecimento de 23% dos fertilizantes importados pelos brasileiros.

“Para além dessas medidas, creio que deveríamos excluir os fertilizantes do regime de sanções, a exemplo do que ocorre com os alimentos. E as razões são simples: reprimir o comércio desses insumos afeta a produtividade do campo, reduz a disponibilidade de alimentos, reforça tendência inflacionária das principais commodities e, como consequência final, ameaça a segurança alimentar, especialmente de países mais vulneráveis. É preciso encontrar formas de punir comportamentos específicos de um país sem prejudicar o suprimento mundial de alimentos”, disse a ministra.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil é o quarto consumidor mundial de fertilizantes, importando cerca de 80% dos produtos usados na produção agrícola. A chefe da Pasta viajou ao Canadá recentemente para se reunir com empresários e representantes do governo, a fim de tratar da possibilidade de aumentar as importações de potássio, que pode ser utilizado na produção de fertilizantes. Em 2021, os canadenses foram o terceiro maior exportador em volume do gênero para o Brasil. Tereza Cristina afirma que reduzir a produtividade das lavouras pode acelerar o cenário de fome em todo o mundo.

Com informações Jovem Pan e Foto: Agência Brasil