O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou, na última segunda-feira (11/4), se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “vai ficar quieto” a respeito da declaração de Lula (PT), que apontou, como forma de pressão ao Congresso, que a população mapeasse endereços de políticos para manifestações em frente às suas casas.
“Ele falou realmente isso daí, tem imagem e vídeo dele falando, pra ir procurar familiares de parlamentares, filho, esposa para pressionar. Ah, meu Deus do céu, não interessa quem seja o deputado nem o senador, sua esposa e seus filhos não tem que estar nesse contexto todo aí. É uma forma de intimidar os caras”, apontou. “Isso não é de agora que PT pretende fazer isso aí. Pela intimidação”, continuou.
“Ou seja, eles estão certos, tem que fazer o que eles querem senão vão atazanar a vida da sua família. Isso é interferência. Isso é um crime, isso é um ato antidemocrático. Alexandre de Moraes, isso é um antidemocrático. Vai ficar quieto? Vai ficar quieto, né? É contra isso que nós lutamos”, questionou.
Lula afirmou na semana passada que fazer mobilização em frente ao Congresso Nacional não resolve nada e que os trabalhadores deveriam fazer manifestações na frente das casas dos parlamentares, falando inclusive com suas famílias. “Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília”, disse o petista.
Foto: EVARISTO SA / AFP